alguns comentários no FB


Proibição do uso do Burquíni em praias francesas
A questão não é essa, da igualdade de direitos e tratamento igual (de que tanto nos orgulhamos de cultivar) mas sim a conotação com um momento de afirmação do islamismo radical, via terrorismo. Se as mulheres muçulmanas tivessem aparecido nas praias europeias com estas vestes há 10/15 anos, ninguém contestaria tal facto; hoje, tem outra conotação (senão mesmo um motivo intencional), nos tempos correntes tem uma leitura que eu e muitos outros europeus (não islamitas) fazemos: a sintonia com o islamismo radical.
Para muitos não muçulmanos, como eu, um hipotético islão moderado não oferece nenhuma credibilidade, apenas verificamos a existência de islamitas terroristas e islamitas não terroristas mas que toleram os primeiros. Portanto, todas as atitudes que visem contrariar e diminuir o impacto social, político e religioso do islão na Europa, são bem-vindos. Neste momento, os islamitas afiguram-se como sub-humanos aos olhos de muitos europeus, se isso é resultado de uma actuação passada errada ocidental ou particularmente resultado de uma cultura obscurantista, retrógrada, ofensora dos valores humanistas ocidentais, como parece ser a postura da cultura islamita, esse é um aspecto de importância secundária.
Eu até posso estar errado nalguns aspectos (e como eu, outros milhões), mas este é o sentimento crescente entre os herdeiros da dita cultura ocidental e é, em grande parte, com base nele que vai ser tecida a relação futura com a anomalia islâmica.

Sobre Relvas
O homem já tinha explicado que ninguém o cumprimentava nos ministérios quando ia visitar algum ministro, depois do título passou a ouvir: - Bom dia Sr. Dr.! É razão mais que suficiente para ter arranjado um canudo que não valia menos do que aqueles das novas oportunidades ou daqueloutros obtidos com notas votadas em plenários nos pós-25 Abril. A merdaleja continua, quer lhe tirem o canudo, quer não.

Dar voz aos imbecis
Mais uma carrada de imbecis, que nem sabem o que lêem no Facebook, nem quando foi escrito ou dito, nem em que contexto. O Umberto Eco tinha razão: as redes sociais dão voz aos imbecis, e temos de viver com isso. Não me esqueço dos parvalhões que se insurgiram contra o Henrique Raposo quando nem leram integralmente o texto que ele escrevera - sobre os algarvios; e mais tarde o livro sobre alentejanos. É a imperiosidade da afirmação "Eu existo!" aliada ao efeito rebanho.

Sobre a escola de hoje
Sem réguas e ponteiros de castigar a escola perdeu a essência poética. Como perdeu o calor humano desse contacto físico breve entre carnes e madeiras, correctivo que se expandia frequentemente por um ou dois parceiros e ricocheteava nas paredes com aquela intensidade exacta que garantia a recordação para a eternidade. Isso, sim, eram escolas que marcavam para a vida. Hoje, a escola é um amontoado de carne indistinta e amorfa para serviço dos macdonalds locais. :D

«O país não promove o mérito, é o país exemplar da mediocracia, o poder da mediocridade, na política, nas empresas e em muitas outras áreas. Com a mediocridade doce no poder político, económico e desportivo & etc., com a corrupção mais suave do mundo, com um sistema legal-judicial que deixa passar os crimes de colarinho, com dias bonitos e paisagens espectaculares -- quem quer mais?» Justíssimo retrato de Portugal por Eduardo Cintra Torres

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